A taxa SELIC, em fevereiro de 2022, foi elevada para 10,75% com o objetivo de conter a inflação que assola não apenas o Brasil, mas o mundo todo.
Trata-se do mecanismo mais comum da economia para controlar o fluxo de dinheiro no mercado. Dessa maneira, impacta diretamente o consumo e a capacidade de geração de riqueza de um país.
Ela é o norte para todas as taxas de juros de uma economia, portanto, é significativa no momento de definir um financiamento imobiliário.
Então, neste artigo vamos explicar em detalhes a taxa SELIC: o que significa, como é definida e a relação com o financiamento. Veja só.
Índice
3. Relação entre financiamento e taxa SELIC
4. Qual é a perspectiva para os próximos meses?
O que é a taxa SELIC?
Essa é a sigla do mercado financeiro mais conhecida pelos brasileiros, afinal impacta todas as outras taxas de juros praticadas no país.
Trata-se da taxa básica de juros da economia brasileira. Podemos compreendê-la como o custo do dinheiro.
Em um cenário ideal, extremamente seguro e sem riscos, poderia representar a taxa de juros correta.
Isso porque se você faz um empréstimo no valor de R$ 100 por um ano, com a SELIC a 10,75% ao ano, no final do prazo deveria devolver o valor emprestado corrigido R$ 110,75.
Porém, na prática não é isso que acontece. Quando pegamos dinheiro emprestado, os bancos não sabem se teremos a capacidade de pagar, então cobram um prêmio pelo risco da inadimplência.
Esse prêmio é calculado como SELIC, mais alguma taxa definida pela própria instituição. Então, a SELIC é o mínimo que pode ser cobrado. Mas e quem define o seu valor?
Como essa taxa é definida?
De acordo com a “teoria do tripé macroeconômico”, a SELIC serve para controlar a inflação.
Se a inflação está alta, o Banco Central precisa aumentar a taxa para reduzir a quantidade de dinheiro circulando, considerando que inflação é justamente quando há mais dinheiro no mercado do que bens que podem ser comprados.
Quem realiza esses estudos e define o valor da SELIC é o Comitê de Política Monetária (COPOM), que se reúne a cada 45 dias e ouve especialistas do mercado para tentar entender como está a economia e como ela tende a se comportar no futuro.
Se esse grupo de pessoas acredita que a inflação irá explodir, a SELIC aumenta. Claro que inúmeros fatores são considerados. Não é uma tarefa nada simples!
Relação entre financiamento e taxa Selic
Você já deve ter compreendido que a taxa SELIC sobe quando a economia está muito aquecida e as pessoas não dão conta de consumir tanto quanto é produzido.
Por outro lado, se a economia está parada, a taxa é reduzida para estimular o consumo.
Em financiamento imobiliário, quando essa taxa está alta, as taxas de juros tendem a subir também. Atualmente é praticamente impossível encontrar um financiamento que cobre menos do que 10,75% ao ano.
Porém, no ano de 2020 quando ela chegou a 2%, houve inúmeros financiamentos com taxas próximas a 5% ao ano!
Ou seja, quanto maior for a Taxa SELIC, mais caro sairá o seu empréstimo. Aproveite para entender o que você precisa saber sobre juros de financiamento imobiliário.
No entanto, isso não significa que você não pode encontrar boas taxas. Existem outras modalidades de financiamento, como os que solicitam uma garantia, que podem ser mais vantajosos, vale pesquisar com atenção.
Qual é a perspectiva para os próximos meses?
Pode parecer complicado, mas saiba que o Banco Central é seu amigo, e toda segunda-feira publica o Relatório Focus. Nele é possível encontrar a expectativa de SELIC, Inflação, Taxa de Câmbio e crescimento do PIB para os próximos anos.
A expectativa foi de que a SELIC feche 2022 a 12,25%. Para o fechamento de 2023, 8%. Para 2024, 7,25%.
Porém, na economia tudo é variável e você precisa acompanhar de perto.
Aqui no blog da ACLF estamos sempre falando sobre esses assuntos. É importante traduzir esses conceitos do mercado financeiro para que você entenda melhor o mercado e tome decisões.
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